O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou que o governo não pretende retomar o horário de verão. A decisão foi anunciada após um pedido de setores como turismo e eventos, que alegavam que a volta da medida poderia estimular a economia.
Durante uma coletiva de imprensa, Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, esclareceu que o governo não pretende retomar o horário de verão. Ele explicou que a medida não traria os benefícios esperados, principalmente em relação à economia de energia, que é o principal objetivo. O ministro destacou que, após uma análise técnica e econômica detalhada, não há dados suficientes para justificar a mudança.
Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro suspendeu o horário de verão. Estudos mostraram que a economia de energia obtida com o adiantamento dos relógios era irrelevante. Apesar disso, o tema continua sendo debatido, com setores defendendo o retorno da medida, especialmente pelo impacto positivo nas atividades de lazer.
Mesmo assim, o governo foi categórico: não há planos para retomar o horário de verão. Segundo os técnicos do Ministério de Minas e Energia, os reservatórios das hidrelétricas estarão suficientemente abastecidos com o retorno das chuvas. Isso garantirá a geração de energia necessária para encerrar o ano sem maiores problemas.
Ontem (15), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou dados adicionais sobre a possibilidade de adiantar os relógios em uma hora, mas o governo não deve seguir adiante com essa sugestão.
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Recomendação do ONS e Economia Estimada
No relatório de setembro, o ONS recomendou ao governo a adoção temporária do horário de verão para reduzir os custos. Estimava-se economizar até R$ 400 milhões em 2024 com a adoção da medida.
Porém, na semana passada, o ministro Silveira afirmou que o horário de verão só seria retomado se fosse “imprescindível”. Ele também criticou a suspensão em 2019, chamando a decisão de “irresponsável”.
Por que foi suspenso?
O ex-presidente Jair Bolsonaro aboliu o horário de verão após estudos do governo concluírem que a economia de energia gerada não justificava sua continuidade. O pico de consumo, antes à noite, passou a ocorrer à tarde, tornando a medida ineficaz.
Por que o tema entrou em discussão?
A seca extrema que o Brasil enfrenta reacendeu a discussão sobre a volta do horário de verão. Desta O governo passou a considerar a medida como uma maneira de reduzir o consumo de energia nas residências.
Em setembro, o governo solicitou estudos técnicos sobre o impacto da retomada da medida. Segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), esta é a pior estiagem em 74 anos. Portanto, as condições climáticas extremas intensificaram a preocupação com o abastecimento de energia no país.
Como funcionava?
O horário de verão era aplicado entre o primeiro domingo de novembro e o terceiro domingo de fevereiro. Então, nesse período, os relógios de Brasília eram adiantados em uma hora. O objetivo principal era reduzir o consumo de energia, principalmente com iluminação.
Onde Era Aplicado?
A medida era adotada no Distrito Federal e em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. No entanto, regiões como o Norte e o Nordeste não adotavam o horário diferenciado, já que a diferença na luminosidade entre o verão e o inverno nessas áreas é menor.
Por que o Norte e o Nordeste não adotavam o horário de verão?
Criado para reduzir o consumo de energia elétrica, principalmente na iluminação. A medida é mais eficaz nas regiões mais distantes da Linha do Equador, como o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, onde os dias de verão são mais longos.
Desta forma, no Norte e no Nordeste, a diferença na duração do dia entre o verão e o inverno é menor, o que diminui a eficácia da mudança de horário.
Por que o horário de verão foi suspenso?
O governo decidiu suspender o horário de verão em 2019, pois estudos indicaram que os hábitos de consumo de energia haviam mudado. Entretanto, o pico de consumo, que antes acontecia à noite, passou a ocorrer no período da tarde, e isto tornou o horário de verão ineficiente.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) baseou a decisão nos estudos que solicitou. Por esse motivo o horário de verão foi utilizado pela última vez entre novembro de 2018 e fevereiro de 2019. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adiou o início da medida para novembro, a fim de evitar mudanças no horário entre os dois turnos das eleições.
E você, o que acha? Você é time pró horário de verão ou contra?
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